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Elize Matsunaga: Era uma vez um crime chegou na netflix dia 8 de julho e está dividindo opiniões quando se trata de unanimidade.
Elize, acusada de matar e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga, dono da marca de alimentos Yoki, fala pela primeira vez em rede nacional sobre o que realmente aconteceu no dia do crime e também o documentário conta a sua história de vida, remexendo em seu passado polêmico, além de ambas as partes da história contarem as suas versões do casal.

Uma união cercada de polêmica, brigas e traições, o assassinato brutal de Marcos tomou proporções bombásticas em 2012, o atual ano do crime que chocou o país. Porém, os internautas destacaram sobre como o júri e as partes envolvidas passam longe da unanimidade, uma vez que o machismo manipula a opinião de todos os envolvidos.
Como mencionado acima, o documentário aborda desde a infância de Elize, onde nasceu em uma pequena cidade do Paraná, em uma família simples e se viu na necessidade de virar garota de programa para alcançar um objetivo maior: fazer uma faculdade. E foi assim que Marcos a conheceu, quando entrou em um site e a chamou para um programa, até posteriormente se apaixonarem e engatarem uma relação. E o fato de Elize já ter sido pobre e acompanhante, fazia Marcos desdenhar da condição de vida que ela tinha antes de tê-la conhecido. E aí começam as brigas e logo depois Elize menciona que ele tinha uma amante, que era agressivo, quando os amigos e família do Marcos, falaram justamente o contrário.

Certamente as palavras de Elize são o fio condutor de uma narrativa que traz não apenas o seu lado da história, mas a sua própria história. E por meio disso que conhecemos uma menina pobre, que precisou sair de casa para buscar seu sustento, sofreu abuso sexual do padrasto, antes de receber o rótulo “vida de princesa” dado por amigos próximos ao seu ex marido, Marcos.
Um fator muito intrigante, é que ambos compartilhavam interesses por armas e caça, o que torna a linha dessa peculiar história, muito fina, sendo impossível dissociar o crime dos gostos peculiares de ambas as partes. Mas acho válido comentar, que neste interessante documentário, a produção não está interessada em inocentar ninguém, uma vez que ambas as partes são ouvidas. Elize nem sempre tem respostas para tudo o que fez, mas Era uma vez um Crime se revela um exercício interessante que passa longe do sensacionalismo com que parte da imprensa tratou o caso ao longo dos anos e consegue alcançar outro olhar sobre Elize, humanizando-a.

A produção tem um visual bem trabalho, onde todos os envolvidos falam com detalhes sobre o crime, sobre a vida do casal, a infância deles, fazendo com que mesmo quem já sabe o final dessa narrativa, fique intrigado com tantos fatores obscuros que os cercavam e com a forte presença de informações valiosas e ricas em detalhes proporcionadas por ambas as partes.
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